VISITA DA MADRE GERAL

VISITA DA MADRE GERAL

VISITA DA MADRE GERAL 2025

As casas das Irmãzinhas dos Pobres da Província de Madrid acolhem, até o início de novembro, a Madre Geral M.ª del Monte Auxiliadora, que chega da casa-mãe, La Tour St. Joseph, para realizar a Visita Canónica.


Acompanhada pela Madre Assistente Geral Patricia Yvonne, de origem chilena, elas estão a viver estes dias repletos de momentos intensos de encontros e alegria, oração e escuta atenta. São duas peregrinas de esperança que percorrem a nossa geografia espanhola e portuguesa, onde o carisma de Santa Juana Jugan continua vivo graças à dedicação das Irmãzinhas dos Pobres, dos Associados, dos Voluntários... de toda a família de Santa Juana Jugan.


Aqui poderão seguir os seus passos, ao mesmo tempo que confiamos esta Visita Canónica à intercessão de Santa Maria Virgem.

MADRID

DR. ESQUERDO

TALAVERA

PLASENCIA

LISBOA

Madrid

ALMAGRO

As nossas viajantes foram recebidas em Madrid na terça-feira, dia 10, na casa provincial situada no bairro de Chamberí. Aquele dia ensolarado, embora não muito quente, foi vivido como uma festa. Os residentes esperavam-nas no jardim com música e leques coloridos do Jubileu da Esperança, feitos por eles próprios, que enchiam o ambiente de alegria. Dois casais, um vestido com trajes típicos e o outro com a clássica mantilha espanhola, ofereceram a cada uma um ramo de flores. Um grande logótipo do Jubileu presidia o local e, ao som da canção do Jubileu adaptada para a ocasião, apareceu um homem vestido de preto, representando a Cruz, que se juntou à dança junto com as figuras, formando um grande círculo. A recepção terminou com o discurso de um residente, num clima de gratidão e festa.
No dia 11, antes do teatro, a Madre saudou os voluntários mais assíduos na sala Juana Jugan, agradecendo-lhes pessoalmente a sua dedicação e entregando-lhes um presente comemorativo. Às 17h, começou a apresentação no salão de eventos, repleto de residentes, familiares, irmãzinhas e voluntários, num ambiente muito familiar. No palco, uma “apresentadora do canal 13TV” conduzia um especial chamado Informe Jubilar: sinais de esperança hoje, conectando-se simbolicamente com diferentes lugares do mundo para descobrir sinais de esperança.

A primeira «ligação» mostrava a eleição do novo Papa na Praça de São Pedro, motivo de grande alegria para todos. Em seguida, duas jovens habituais da Casa representaram divertidos anúncios nos quais descobriam as histórias da Congregação e acabavam entusiasmadas por se tornarem voluntárias. A segunda notícia levou os participantes à África, apresentando com música e dança a fundação de Lagos e a chegada dos seus primeiros idosos e benfeitores.
A terceira notícia relatou a transferência dos residentes da Casa de Aberdeen para Sheung-Shui, em Hong Kong, como um sinal de esperança e fidelidade ao carisma das irmãzinhas. Em seguida, foi apresentada a história de uma irmãzinha de 91 anos nos Estados Unidos, reconhecida com a «Medalha São José» por sua dedicação aos pobres, o que inspirou a todos. A cena final mostrou a chegada da Madre Geral e da Madre Assistente a Madrid, agradecendo a sua presença como verdadeiras «peregrinas da esperança».
O dia terminou no jardim, onde a Madre partilhou um momento entrañável com as famílias das irmãzinhas, distribuindo lembranças e posando para fotos. Os dias seguintes foram dedicados a encontros pessoais e comunitários, que ajudaram a renovar o espírito da Congregação e o entusiasmo pelas vocações. Com gratidão, todos se prepararam para o encerramento da visita e a partida para Madrid San Luis, encomendando a Deus abundantes graças para a Madre e sua Assistente.

Madrid

DR. ESQUERDO

Na segunda-feira, dia 15, por volta das 13h, chegaram à entrada da Casa de Madrid San Luis, na Calle Dr. Esquerdo. Lá, toda a comunidade as esperava com grande alegria. Houve lágrimas de emoção e um momento especialmente comovente foi o abraço da irmãzinha Carmen de St Jacques, que acabara de completar 101 anos e sente um profundo carinho por Mère. A entrada estava lindamente decorada: um tapete vermelho conduzia até a porta, ao lado da estátua de São José erguia-se um grande coração de quatro metros cheio de rosas vermelhas, bordado com cerca de 400 rosas amarelas, símbolo de acolhimento e alegria. Um casal de residentes, vestidos com trajes goyescos, entregou uma rosa à Madre Geral, enquanto Carmelina lhe ofereceu a chave da Casa. Outro casal, vestido com trajes chilenos, entregou uma rosa à Mère Asste. Patricia.
Uma associada, Juana Jugan, proferiu um discurso emocionante, explicando o simbolismo do grande coração de rosas, fruto do trabalho conjunto de residentes, voluntários e irmãzinhas, como sinal de amor e unidade. Também foram dirigidas palavras de boas-vindas à Madre Assistente Patricia, destacando a sua ligação entre o Chile e o berço da congregação na Bretanha. Após as fotos de recordação, todas as Irmãzinhas entraram no coração da Casa, a Capela, onde cantaram juntas a Salve Regina, confiando assim a visita à Virgem.

O dia 16 começou com a Eucaristia e um passeio pelas salas de jantar, onde saudaram cada morador e lhes deram uma pintura do Sagrado Coração e alguns deliciosos chocolates. Os funcionários, agradecidos, ofereceram flores à Madre Geral, conhecida por muitos. A comunidade das Irmãzinhas interpretou a música «Totus Tuus» e foi presenteada com uma imagem da Virgem da Alegria.
No dia 17, teve lugar o encontro com as associadas Juana Jugan, seguido de uma Eucaristia presidida por D. Martínez Camino e concelebrada por 9 sacerdotes. À tarde, uma boa equipe de voluntários, moradores e amigos da casa, juntamente com a comunidade, animou a todos com um belo teatro chamado: «Juana Jugan, semente de esperança». A peça mesclava o antes e o depois de Santa Joana Jugan, ou seja, cada cena era uma ponte entre ontem e hoje, entre a semente que foi plantada e o fruto que continua a dar vida. Fizeram-no através de três cenas duplas, na primeira, a vida familiar de Juana Jugan em Cancale, com a mãe e os irmãos e a vida familiar dos Residentes na Casa, a segunda cena foi o acolhimento de Ana Chauvin juntamente com respeito pela vida nos nossos dias e a terceira a coleção, com a célebre cena do Senhor que deu um tapa na cara de nossa Mãe e sua mudança de atitude em relação à coleção de hoje, que abre a porta para a generosidade e gratidão a todos. Uma equipa de teatro intergeracional: junto com os residentes, quase todos na casa dos noventa, havia mães voluntárias, duas jovens estudantes de medicina e duas gémeas.
Muitos voluntários vieram saudar nossos viajantes, as famílias também ficaram felizes em cumprimentá-la pessoalmente. Como ela conhece todas as irmãzinhas e algumas famílias, é uma alegria dupla. Continuar…

TALAVERA DE LA REINA

No dia 20 de setembro, os viajantes chegaram a Talavera de la Reina, cidade de Toledo reconhecida pela cerâmica e localizada às margens do Tejo. O título «da Rainha» remonta a 1328, quando Afonso XI deu a villa à sua mulher, Maria de Portugal.
A casa das Irmãzinhas dos Pobres, fundada em 1885, acolheu-as por volta das 12h30. A Madre Geral foi recebida com entusiasmo pela comunidade e pelos moradores, que prepararam uma emocionante cerimônia de boas-vindas. A fachada, decorada com painéis cerâmicos representando a Basílica do Prado, uma cena das origens da Obra e uma Madona e Menino, ofereceu um cenário perfeito para a ocasião. Sob a sombra do pátio, dois moradores caracterizados como Dom Quixote e Sancho Pança, entregaram simbolicamente as chaves da casa. Outro casal, vestido com o traje típico de Talavera, ofereceu algumas flores. Em seguida, um morador em cadeira de rodas lhe deu um lindo buquê de «flores», todos os terços que rezam por ela. Este foi um detalhe que foi muito popular.
A receção continuou com um poema composto por um padre residente, que o recitou com grande simpatia. Em seguida, um grupo de anciãos, formando a palavra «Bem-vindo» em letras, apresentou um arco de rosas feito por eles mesmos. O evento terminou com um canto mariano acompanhado de violão, após o qual a comunidade rezou a Salve na capela.

No domingo, 21, a Madre Geral realizou um encontro com os Associados e participou da Eucaristia presidida por Dom Jesús Pulido. Na homilia, o bispo de Cáceres, que conhece bem a Congregação, recordou a importância de manter o espírito de família e citou Santa Joana Jugan: «Olhem para os pobres com compaixão e Jesus vos olhará com bondade». Depois, partilhou a refeição com os moradores e padres.

À tarde, a Madre Geral saudou os voluntários e agradeceu-lhes a generosa colaboração. Posteriormente, realizou-se a performance teatral protagonizada por residentes e colaboradores. A obra, inspirada em Dom Quixote, mostrava com humor as aventuras do cavaleiro e do seu escudeiro, que recolhiam produtos típicos de Castela-La Mancha – queijo, azeite, vinho e cerâmica – até chegarem à casa das Irmãzinhas, onde os ofereceram à Madre Geral. Entre os presentes estavam duas belas cerâmicas pintadas à mão de Santa Joana Jugan e do Padre Ernest Lelièvre. A tarde terminou com a entrega de um cheque gigante, equivalente ao montante angariado para as missões.

 

Na segunda-feira, D. Francisco Cerro presidiu à Eucaristia e centrou a homilia em três palavras-chave: gratidão, humildade e confiança. Agradeceu a presença das Irmãzinhas na diocese e partilhou um momento fraterno com os sacerdotes presentes antes de se despedir. Continuar…
Ao longo destes dias, a vida normal da casa continuou o seu curso: encontros diários, diálogo fraterno, pequenas atenções mútuas… em suma, a vida simples de uma Irmãzinha dos Pobres. Na segunda-feira, D. Francisco Cerro presidiu à Eucaristia e centrou a homilia em três palavras-chave: gratidão, humildade e confiança. Agradeceu a presença das Irmãzinhas na diocese e partilhou um momento fraterno com os sacerdotes presentes antes de se despedir.
No dia em que partiram para Plasencia, no entanto, um evento particularmente edificante ocorreu quando eles deixaram Talavera. A Eucaristia daquela manhã foi celebrada sem canto, num ambiente de simples recolhimento. Mas quando chegou a hora da comunhão, uma Residente assistida, da tribuna, surpreendeu a todos ao começar com força e a plenos pulmões a canção: «A minha boca te cantará alegremente…», entoando com precisão a estrofe correspondente. Foi um momento profundamente comovente, um sinal de como Deus revela os seus segredos aos pequenos e simples.
E como se o Espírito quisesse assinar aquele momento, no final da celebração outro Residente, bastante limitado nas suas capacidades, tomou a iniciativa e entoou com força: «Tomai os nossos corações, Virgem pura». Imediatamente, todos os presentes o seguiram entusiasticamente. Foi uma canção coral improvisada, nascida do coração, que encheu a assembleia de emoção. Foi verdadeiramente um momento bonito, daqueles que ficam gravados na memória e que mostram como a fé se expressa com maior força na simplicidade do Povo de Deus.

PLASENCIA

 

No dia 24 chegaram a Plasencia por volta das 12h30. A história da presença nesta cidade remonta a 1881, quando o Padre Lelièvre, numa carta escrita de Cáceres a Monsieur Marest, evocou delicadamente a beleza desta região. Nele ele descreveu um rio que provavelmente se referia ao Jerte: um leito sereno que fertilizava o vale, formava ilhas verdes, movia moinhos com suas cachoeiras e cercava a cidade antes de se perder entre rochas íngremes. Mesmo assim era possível perceber a riqueza natural desta terra, que no final de março está adornada com o espetáculo das flores de cerejeira.
Ao chegar à Casa de Plasencia, a comunidade recebeu os visitantes com uma receção calorosa. À entrada, uma decoração festiva e ecológica recordava o tempo litúrgico da criação. O caminho para a sala de reunião foi adornado com vasos de flores, enquanto as colunas ostentavam balões brancos e laranjas. Um casal de moradores, vestidos com trajes regionais, ofereceu à Madre Geral e à Madre Patrícia um buquê de flores, um presente preparado por uma funcionária. O ambiente foi animado pelo som das castanholas, tocadas por dois trabalhadores também vestidos com o traje típico da Estremadura.
A sala, cheia de moradores, funcionários e voluntários, explodiu em aplausos ao recebê-los. No palco, um coro vestido de «mexicanos» interpretou entusiasticamente a música «Minha vida é confiada a Deus», acompanhada da imagem de um barco cujo capitão era Jesus, que presidia a decoração do lugar. Antes da canção, um breve discurso explicou o seu significado e as oferendas que foram apresentadas: um cesto com trabalho manual e o dinheiro obtido para as missões, bem como um grande cesto com produtos típicos da terra. Cada gesto expressou carinho, gratidão e participação de toda a família que compõe a Casa.

O dia 16 começou com a A celebração culminou com o canto da Salve, que preparou o coração para o início oficial da visita no salão comunitário. Nesse momento, a oração foi elevada a Nossa Senhora do Porto e a Santa Teresa de Ávila, padroeira da Casa, pedindo o fruto espiritual destes dias, considerados como os mais valiosos e essenciais.

O dia seguinte passou num ambiente alegre e festivo. A manhã começou com a Eucaristia presidida por Monsenhor Ernesto Bretons, acompanhada por três sacerdotes e solenizada com o harmónio do P. Miguel Ángel Ventana e o coro dos Residentes, que dedicaram os seus cânticos à Virgem. Monsenhor agradeceu aos idosos afetados pelos incêndios deste verão pelo acolhimento. Depois, saudaram pessoalmente os Residentes nas salas de jantar, onde um gesto espontâneo de um velho arrancou sorrisos.

À tarde, um belo espetáculo ecológico uniu humor e mensagem. Os palhaços apresentaram cenas engraçadas: uma «orquestra interrompida», uma coreografia sobre os 3Rs e uma performance sobre o cuidado com a terra e as pessoas. O evento terminou com a entrega de um bonsai à Madre Maria del Monte, sinal de vida e esperança. Finalmente, no «Rincón extremeño», ela cumprimentou cada família e tirou a foto de lembrança. Todos agradeceram a Deus por este dia de graça, sob a proteção da Virgem do Porto.